Às 19 de Julho



Primeiro eu pensei em salvar o mundo, mas para isso precisava me salvar
Próximo!
Pensei em 23 de novembro de 2015, mas já não tem nada que queira dizer sobre esse dia.
Tentei sentir meu próprio amor,
Me enoja.
Lembrei de como o sabor de Nutella com morango é bom,
Talvez isso gere fome.
Pensei em você,
Mas isso me apavora, então deixei pra lá.
E de todos os ângulos, acho que fico melhor quando visto preto,
emagrece não é mesmo?

Tentei lembrar das palavras que esqueci,
mas eu realmente não lembro de nada.
Mas eu gosto da chuva, quando ela acaba
e de ter coragem.

Eu tenho medo de você, pois em você há controles que limitam
As flores cheiram como todos os invernos que eu morri,
Anteontem eu cheirei o livro velho e isso reviveu minha alergia.
A cor cinza me veste bem,
mas ela não emagrece.

Pensei em Cabral e como os índios morreram
e lembrei que seu cheiro pode dominar os quatro cantos da sala.
Desviei
19:37
não há espaço na rotina que não me faça duvidar.

Gosto de maçã e o jeito que seu doce escorre pela minha boca,
assim como fogem os sonhos.

Eu gosto dos vícios,
A porta da sala está sempre aberta e isso me acalma,
um dia não irei retornar.

Eu evito as cores,
a alegria não deveria passar
todo lugar me traz caos,
pois eu sou todo lugar.

eu gosto de fingir que não penso em você
às quinze para às oito de terça-feira,
mas, agora, sinto cheiro de cafeína.
Bom dia!

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Sobre o Autor

Andressa Pontes: Sonho em salvar almas despedaçadas como a minha, miro em casos perdidos e sou tão boa de queda quanto de cicatrização. Casada com a impaciência e melhor amiga da falta de atenção, tantos anos que não gosto de contar. Dona do português mais desafinado desse país e fã de poesia. Jornalista e nas horas vagas tiro foto do meu all star em todo canto de SP.

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