Não sei dizer de onde ele veio, muito menos para onde ele
foi. Ele apareceu numa fase que eu realmente precisava de "alguma forma
estranha de amor" é engraçado dizer isso porque sei que ele nunca me amou,
ele me curtiu por um tempo, apenas isso.
Eu estava vazia e cansada dessas poças, elas não passam de
resto de chuva, qualquer garoa é suficiente para preenchê-las. Porem comigo
nunca funcionou assim, queria um oceano, mas não imaginava que iria me
encontrar com o mar morto.
Nunca fui de muitas exigências, nem costumava confiar em
ninguém, sempre tive uma facilidade iminente para conhecer e julgar as pessoas,
porem com ele foi diferente, não conseguia saber nada sobre ele, mas tinha uma
cede insaciável, queria saber cada detalhe.
Ele tinha um cabelo grande e alvoroçado, era uma bagunça,
assim como tudo que eu sabia e não sabia sobre ele, ele era uma eterna bagunça.
Apaixonei-me, mas nunca o amei, foram três meses ou menos.
Provavelmente eu nunca tive tantas duvidas e tão poucas respostas em uma pessoa
só. Não podia exigir nada de uma pessoa com a vida mais conturbada que a minha,
queria que as coisas tivessem terminado da melhor forma possÃvel, mas nada
acaba bem.
Cada segundo pareceu tempo demais e cada minuto pareceu
tempo de menos. Agora não sei se devo agradecer ou culpar meu orgulho, eu não
pude perdoar seu egoÃsmo e não pude abrir mão do meu. Antes de tudo começar,
tudo acabou, pois sabÃamos que não poderÃamos ser egoÃstas juntos.